segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O Cravo e a Rosa


O cravo e a rosa eram amigos e brincavam juntos desde brotinhos. Dançavam ao vento, ouviam as borboletas contarem histórias de outros lugares e se deliciavam imaginando como seria bom voar...
Com o passar do tempo, eles foram crescendo. A rosa, sempre bela e formosa, crescia cada vez mais alto, mas o cravo não. O cravo começou a se envergar ficando cada vez mais longe da rosa. Ele agora só conversava com as gramas e arbustos do jardim.
A rosa, muito triste, foi tirar satisfação.
-Por que, cravo,meu amigo, me abandonaste? Paraste de falar comigo e me deixaste sozinha sem ninguém para conversar?
- Me desculpe rosa, mas não podemos mais ser amigos. Pois me cansei de, em dias de vento, me machucar com seus espinhos.
-Me perdoe se te machuquei, pois se o fiz, foi sem querer. Acontece que os meus espinhos - assim como você tem seu cheiro nada agradavel que, em dias de vento também  vem até mim - são meu único modo de eu me proteger de quem não me quer bem. Mas nunca lhe disse nada, porque sei que é esse seu jeito de ser. Porém, se não me quer mais, não posso fazer nada. Fique daí conversando com as gramas e arbustos, que eu fico de cá conversando com os jasmins...


"Porque motivo haveremos de querer mudar os outros? Ou os amamos como são, ou seguimos em frente."
                                       Maeve Binchy in Noites de Chuva e Estrelas

4 comentários:

  1. essa historia do cravo e da rosa, lembrou uma historia minha rsrs.
    Bjs

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  2. muito lindo o texto.
    parabéns pela criatividade. ^^
    beijos Lice.

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  3. Muito INTERESSANTE, gostei da coesão e da simplicidade do texto! Ele nos faz enxerguar que quando chateados, revoltados, machucados, ou mesmo abalados por aqueles que estão conosco, por aqueles que gostamos, amamos e etc.. NÃO devemos tentar altera-las lapida-los com nossa percepção, pois são pedras raras que, ao nosso ver para estarmos sempre em admiração é necessario altera-las, mas na verdade é absorver delas o que a de melhor e desprezar o que a de ruim é o ideal!!!! Pois se assim não for, será difícil te-las conosco e nos adimirarmos e felicitarmo-nos em companhia geral!!!
    Beijos querida Alice!
    Caio Penha!

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