terça-feira, 23 de julho de 2013

Here and Back Again


Bem, cá estou eu aqui de novo! Depois de quanto tempo? Décadas talvez? Quem sabe ao certo... A questão é que parei de escrever: primeiro por falta de tempo, depois por falta de criatividade, e dessa forma e estanquei nesta situação. 
Nunca mais peguei uma caneta que não fosse para copiar a matéria ou fazer lista de compras. Nunca mais digitei nada que não fosse trabalhos, pesquisas o chats no facebook. Quando me propunha a escrever, nada vinha e minha mente logo se ditraía com a formiga que passava ou como o sol que refletia na janela. 
A questão é que essa falta de tempo virou comodismo, e passei a me acostumar com a saudade que escrever me dava. Afinal, sentir saudade é uma coisa tão natural no meu mundo de hoje que, o que seria apenas mais uma coisa para somar à lista?
Ando numa fase meio revoltosa, e hoje - talvez pelo fato de meu quarto não ter janelas para eu poder admirar o sol- me bateu uma indignação terrível em relação a mim mesma. Afinal, saudade de algo ou alguém que está distante  é uma coisa, mas sentir saudade de algo que você pode fazer a qualquer momento?  
Comecei então a tentar lembrar do motivo que me fez parar de escrever. "Falta de tempo", foi o que me veio à cabeça. Mas não me pareceu uma desculpa válida; falta de tempo todos temos, e se isso me impede de fazer as coisas agora, oxalá daqui a alguns anos, quando tiver que trabalhar, estudar, cuidar de casa e sabe-se - mais - o - que? Não! Falta de tempo não é desculpa, nunca foi e nunca será!
Há também o problema da criatividade, "não adianta escrever um texto sem sentido, que não se saiba sobre o que se vai escrever". Oxe! Minha vida nem sempre tem sentido e nem por isso isso eu deixo de viver!
E foi desta maneira que resolvi fazer esta postagem, não para dizer algo que realmete tenha valor, apenas para deixar registrado minha indignação com o comodismo. Coisa medonha! Nos faz deixar de fazer o que gostamos e ainda aprendermos a conviver com isso! Não mais! Informo a você, preguiça desvairada, que, assim como a falta de tempo não me impede de comer, dormir e respirar, ela também não irá me impedir de escrever. E que o céu caia sobre minha cabeça se eu voltar a me sentir triste por alguma coisa que eu  possa ter.

E assim fica o registro de minha indignação ao mundo.

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