domingo, 19 de setembro de 2010

Canavial

  

Meio dia, sol escaldante
queima as costas do homem
que mesmo em seu trabalho fatigante
não permite que seus olhos chorem


O facão corta firme a cana
e o calor do sol cada vez mais forte
a seus pés,o chao desmorona 
e ele ve, em sua frente, a Morte

Seu olhar desviou-se para o céu
tudo estava vermelho-fogo
lembrou-se dos olhos cor de mel 
e pediu a Deus que ouvisse seu rogo

-Cuidai de minha amada Ana
e minhas filhas Maria e Tereza
pois passei a vida a cortar cana
para por comida na mesa!

Uma unica lágrima desceu de seu olho
e em sua boca, sentiu o sal
foi desse jeito que ele morreu
no meio do canavial

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